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série oco maciço, 2019

“Toda arte se caracteriza por um certo modo de organização em
torno de um vazio”.
Jacques Lacan

Fábio Szwarcwald convida o espectador a se debruçar sobre OCOMACIÇO.
As obras tomam o espaço real com uma organização plástica em que cada OCUPÁVEL discute a interioridade e exterioridade, exibindo superfícies e relações corpóreas. A gravidade atua, a tensão e o equilíbrio se mantém como constitutivos da linguagem. O plano se dobra em curvas além de arestas. A massa densa ilude o observador e se revela oca.
Segundo Ulisses Carrilho "Marina Ribas desenvolve uma pesquisa no campo da escultura que se apresenta nesta exposição a partir de um recorte de peças em pedras nobres, como o mármore e granito. Seu uso remete não apenas à escultura da Antiguidade mas também aos revestimentos de superfície". O uso disforme da espuma, um material ordinário, se apresenta imponente com força singular.
A dinâmica do desejo segue questionada pela artista e estimula sua pulsão criativa. O furo, a falta, ''a presença de um cavo, um vazio”, comentado por Lacan atravessa o sujeito.
Oco maciço nos coloca em embate com a superficialidade e o mais profundo íntimo; sugere o espectador a olhar para si mesmo.

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