série "o que você faz com o que você tem?", 2015
Venho fazendo esta reflexão sobre as adaptações e movimentos que a vida nos provoca todos os dias. A partir disso, desenvolvi esta instalação flexível, intuitiva, sistêmica, em equilíbrio sugestivo, sempre podendo ser remontada de forma inusitada. As peças se ajustam ao momento, ao espaço, aos estímulos sensoriais e afetivos, ao meu olhar, sem nenhum aspecto conformista, apenas entendendo que precisamos nos reorganizar convictamente para as situações que vivemos.
A intensão é dialogar com o espectador, um convite para a reflexão.
O que fazemos com o que temos? Olharemos para que tempo? Estimularemos nossas potências e experiências essenciais?
Molduras empilhadas vazias, vestígios de tempo, talvez um Dèjá vu ou uma afirmação singular. O que queremos emoldurar em nossas vidas neste instante? Falamos sobre o agora. A ideia é não fixar e sim, ter mobilidade para “ser”. Quem está sentado nesta cadeira? Pilhas em branco de nós mesmos, prontas para serem reconstruídas.
Marina Ribas
Rio de Janeiro, 15 de julho de 2015.